O que é o amor?
Apesar de encontrarmos diversos poemas, textos e livros que falem sobre o amor, esse não é um assunto tão simples assim de discorrer.
Essa palavra tão pequena vem carregada de representações que são sustentadas socialmente há anos e mostrar as outras faces dessa construção nem sempre é um trabalho fácil.
Feche os olhos e pense no amor
Por exemplo, se lhe convidar para fechar os olhos e pensar no amor sendo representado por uma cor, um formato e uma textura, provavelmente você pensará em um coração vermelho e macio.
Até arrisco a dizer que o coração que pensou provavelmente não foi igual aquele que carregamos no peito com veias e artérias, mas aquele desenho arredondado em uma parte e pontiagudo na outra (o amor tem esses dois lados mesmo).
Além das representações sociais temos a nossa própria construção sobre o amor, a nossa história de vida e como o amor nos foi apresentado durante a infância, adolescência e vida adulta, também contribuem para aquilo que descrevemos como o sentimento necessário para sobrevivência.
Cada ser é único e por mais que encontremos mais de uma pessoa descrevendo o amor do mesmo jeito, a forma de demonstrar é singular e é aí que as coisas começam a tomar um rumo menos romantizado.
O que pode ser o amor?
O amor pode ser sim as borboletas no estômago, a maçã para a professora, o andar de mãos dadas na praça ou os suspiros ao lembrar da pessoa amada, mas hoje vim te lembrar sobre o outro lado do amor, um lado que normalmente vivenciamos tanto, ou até mais, do que esse amor singelo, romântico, pleno e compassivo.
Aquela expectativa de completude, de encontrar a outra metade da laranja, de que a outra pessoa tem algo que você não tem e de que ele(a) responderá a esse espaço faltante, pode muitas vezes dar espaço para um tipo de depreciação do(a) parceiro(a), ou seja, aquela ideia de que ele(a) não é exatamente tudo aquilo que você queria, de que ele(a) não pode suprir as expectativas que anteriormente havia depositado naquela relação, e frente a isso surge um impasse, o impasse do amor (im)possível, como se uma das maiores característica de nós humanos fosse essa posição de eternos platônicos, pois nunca encontraremos a perfeita posição entre amantes.
O amor demanda energia
Diante dessa realidade percebemos o quanto o amor demanda energia, sustentação e desejo, ele demanda um lugar não muito cômodo (até porque se ficar parado morre), que te convoca diariamente e exige esforço por vezes consciente.
Isso ocorre pois o amor se dá com um outro, e até mesmo o auto-amor se dá em uma relação, pois se pensarmos que o “eu” se constitui através de um “outro” para nomeá-lo, então é possível dizer que até mesmo o amor-próprio acontece na relação, ou seja, é no relacionar-se que o amor toma alguma forma.
E qual é a sua forma de amar e de sentir o amor? Será que algum dia vamos de fato encontrar alguém que demonstre amor por nós da forma em que nos sentimos verdadeiramente amados?
No processo e na prática analítica busca-se encontrar caminhos e alternativas para lidar com essas inquietudes e descobertas que em algum momento perpassam por nossa vida e mesmo existindo inúmeros livros e testes para compreendermos melhor a “linguagem do amor”, será que é assim tão simples, responder a essas inquietudes e então viver feliz para sempre?
Se você ficou curioso em descobrir um pouco mais sobre sua linguagem do amor, no site do Instituto Plenamente você encontra um teste que irá te ajudar a compreender partes da forma de demonstrar e experimentar o amor.
O relacionamento de casal demanda cuidados, para ser harmônico e equilibrado. Se achar que necessita de ajuda especializada, não deixe de procurar por ajuda de um psicólogo.
Priscila Andrade é Graduada em psicologia, especialista em Terapia de Casal e Sexualidade Humana. Atuante como palestrante com foco em Saúde Mental e Igualdade de Gênero.
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