Se eu sugerir que você feche os olhos e imagine uma pessoa se comunicando de forma violenta, provavelmente você imaginará alguém gritando, xingando ou brigado, porém diferente do que muitos pensam, comunicar-se de forma violenta vai além desses estereótipos agressivos.
Vivemos em um sociedade estruturada a partir de uma cultura, ou seja, nascemos em um contexto com normas e princípios pré-estabelecidos e muitas vezes lidamos com eles como algo natural e não necessariamente construído. Um exemplo prático é a cultura de Punição e Recompensa que usamos para manipular o comportamento das pessoas. Você pode pensar: o que? Mas eu não faço isso, não fico manipulando as pessoas para fazerem só o que eu quero!
Bom, sinto lhe informar mas todos nós reproduzimos esse tipo de comportamento, seja através do nosso sistema judicial onde cada uma paga pelo erro/ crime que cometeu, seja no dia a dia quando ficamos de cara fechada com alguém que não correspondeu as nossas expectativas, ou até mesmo no transito quando xingamos alguém por não fazer aquilo que considerávamos o correto. Todos esses exemplos citados são casos em que se utiliza de punições, sendo mais fácil identificar os traços de violência comumente conhecidos, mas e a recompensa como ela pode ser uma forma de violência?
Para Marshall Rosenberg (psicólogo e criador do método da Comunicação não-violenta), quando usamos de algum meio para influenciar e/ou manipular o outro, estamos reproduzindo uma forma de violência, pois só é possível comunicar-se de forma compassiva quando focamos na harmonia do processo e da relação com o outro. Enquanto utilizarmos de recompensas para obter o que desejamos do outro, o foco estará no resultado e não na relação e na liberdade de escolha de ambas as partes.
Um novo olhar
Reconhecendo que culturalmente somos violentos, o desafio agora é compreender o outro a partir de um novo olhar.
Lhe convido a fazer um simples teste: olhe para a pessoas que está próxima a você agora e tente imaginar qual(quais) Necessidade(s) Humanas Universais ela está tentando suprir, ou seja, aquelas necessidades que todos nós, independente de crença, raça, orientação sexual e/ou posição econômica, compartilhamos. Alguns exemplos dessas necessidades são: lazer, afeto, segurança, alimentação, respeito, acolhimento, cuidado, cooperação, dentre outras.
Depois que você fizer esse pequeno treino de observação, o próximo passo é se perguntar quais as possibilidades de suprir essa mesma necessidade, por exemplo:
Para suprir minha necessidade de lazer nesse período de quarentena, eu adoro ler um bom livro ou assistir um episódio de Friends. Você pode preferir ouvir uma música e/ou mexer nas redes sociais para suprir a mesma necessidade de lazer.
Com essa segunda observação é possível compreender que de acordo com a nossa história de vida aprendemos a suprir nossas necessidades de formas diferentes, mas no fundo só queríamos nosso momento de lazer.
A partir dessa simples observação você pode treinar seu cérebro a observar o outro para além de seus comportamentos e a partir daí começar a praticar uma comunicação de forma compassiva e respeitosa, praticar uma comunicação não-violenta.
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Priscila Andrade é Graduada em psicologia, especialista em Terapia de Casal e Sexualidade Humana. Atuante como palestrante com foco em Saúde Mental e Igualdade de Gênero.
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